terça-feira, 15 de maio de 2012

A exaltação dos vicios no lugar das virtudes

Muitos devem ter notado, que houve um grande aumento no número de pessoas com vícios diversos, como as drogas licitas e ilicitas, promiscuidade, traição, e outras tantas posturas imorais e maléficas para a saúde física e mental e um dos principais motivos disto ter ocorrido, é a inversão de valores, ou seja, a exaltação dos vicios e  dos maus comportamentos e a depreciação das virtudes.


É muito comum vermos uma certa valorização e popularização dos péssimos valores em depreciação dos bons valores, e um dos motivos disto é a própria condição humana ao comodismo, e neste caso, seria o moral, pois é fato notório de que é muito mais fácil ser viciado do que virtuoso, pois o primeiro só exige a entrega ao desejo, o que é fácil, já o segundo exige a resistencia e a negação em se submeter ao desejo, o que é difícil.




As virtudes, são mais complicadas de serem cultivadas, pois requerem esforço contínuo em sempre mantê-las e a resistir aos diversos impulsos que a levem a deixar de ser virtuosa, fora que, muitas vezes, para mantê-las, é necessário abrir mão de vários desejos e vontades, em prol da manutenção da mesma, o que não é fácil para muitas pessoas, que preferem ceder ao desejo mais fácil de se saciar, que em certas ocasiões, seria algo contrário ao bom comportamento ou mesmo a saúde do individuo.


Algo que as vezes ocorre, é a pessoa alimentar virtudes não por achar que é o correto e por fazer bem a sim mesmo, mas sim por esperar que isto irá recompensá-la ou chamar a atenção, o que é algo errôneo, especialmente agora que bondade é ligado a hipocrisia (projeção do hipócrita sobre os outros, ao achar que  eles são apenas por interesses escusos, como ele, ou seja, imaginar que o outro é igual ao comportamento que ele possui de fato) ou a ingenuidade, dado que as boas não se preocupam em ficar com o pé atrás e muitas vezes confiam com toda a fé, o que pode provocar decepções, e a partir disto, por não ter alcançado o esperado pelo bom comportamento, ela poderá provar e agir de forma oposta a anterior, para conseguir os seus objetivos.


Fora que, com o comportamento imoral e degradante se tornando padrão, manter virtudes é uma tarefa inglória, pois não há grandes incentivos externos para isto, pois sempre haverá alguém que considerará uma pessoa bem comportada e sem vícios como careta, boba, ingenua e que não sabe se divertir, e muitos, para evitarem estas taxações, acabam cedendo aos seus impulsos irracionais.


A popularização da imoralidade e dos vícios veio com o descrédito nas religiões, nos políticos (e na política como um todo) e em diversos líderes da sociedade, e pela mídia que sempre faz questão de dar mais foco a um comportamento maléfico de certas personalidades e artistas, mostrando-os como pessoas que sabem viver a vida e mesmo através de certos programas de televisão, que banalizam a maldade como algo necessário para se obter o que se deseja, levando ao pé da letra a afirmação mais famosa do Maquiavel que diz "os fins justificam os meios", fora as várias noticias de impunidade e mesmo de exaltação do crime e a hostilidade a lei e a ordem,  e com estas influencias malévolas, muitos as seguirão, pois as pessoas, em sua maioria, não seguem o que é o certo e o necessário, mas sim as tendências, que podem ser fúteis, viciantes e maléficas.


Infelizmente, parece que os vícios e a imoralidade se tornaram cada vez mais comuns e populares e não há muito a fazer, a não ser fazer o bem e ser virtuoso por si mesmo, por considerar que isto é o certo segundo suas crenças e pensamentos e principalmente, para ficar em paz com a consciência e não para receber recompensa da sociedade, pois esta só premia quem segue as suas tendencias e como a tendencia é explorar e aflorar o lado negro e doentio das pessoas, o ideal é não esperar nada dela e principalmente, não se afligir por suas exigências insanas e auto destrutivas.

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